Hey again :D
Obrigada pelos comentários!
Está então aqui o capítulo prometido. Aviso que vou para o algarve hoje e fico até domingo.
Por isso, capítulo novo só na segunda-feira =), assim também dá tempo para as pessoas se informarem que a fic está de volta!
Espero comentários, porque me pediram para voltar e agora queria saber o tipo de apoio que tenho, pode ser?:)
Vou colocar aqui de novo o trailer, para relembrar e quando o virem, vão ouvir a frase que a Alice diz neste capítulo :), de facto, a história começa a ficar mais complicada e elaborada a partir daqui!
Beijinhos,
Marii K.
XVI
Nem há duas semanas, Tom apostaria que se sentiria daquela maneira. Não apostaria o facto de dentro dele se encontrar um espaço que não estava preenchido. Também nunca apostaria o facto de se sentir completo.
Encontrava-se dentro da limusina, pois lá fora ouvia um alvoroço de fotógrafos, de predadores prontos para ele e Alice. Ela bem que o tinha avisado para ficar dentro da limusina, enquanto esperava por ela. Não sabia exactamente o que ela iria fazer para a mãe não se aperceber do facto de irem apenas os dois juntos. De facto, não queria saber. Dispensava qualquer contacto com Irinna Vaughn, um rosto que sem o efeito do álcool, lhe parecia extremamente desagradável. Uma expressão de superioridade que Tom nunca encontrara em nenhum canto do rosto de Alice.
De repente um barulho mais forte despoletou lá fora, e Tom conseguiu imaginar Alice, deslumbrante num vestido de gala, apressando o passo nos sapatos altos para fugir aos flashes.
A porta abriu-se e Alice, sem mordomias, entrou, puxando o vestido cinza com uma breve cauda, para dentro da limusina. Fechou a porta do carro no mesmo instante e descaiu imediatamente a cabeça, de caracóis louros caídos para o ombro de Tom.
- Oh! Isto foi cansativo… - murmurou.
Quando a limusina arrancou, deixando para trás o ruído dos jornalistas, Tom beijou a cabeça de Alice.
- Gosto dos caracóis.
Sentiu o sorriso nas bochechas de Alice, comprimidas contra o seu ombro, entrelaçou os dedos nos de Tom.
- Obrigada por vires comigo
Ele não respondeu, limitou-se a sorrir, sabendo que Alice não tinha nada de agradecer, não havia outro lugar onde preferisse estar.
- Nunca vieste com ninguém?
Alice abanou a cabeça.
- Tens de te portar bem – gozou ela, e beijou-lhe os lábios.
Quando o barulho dos flashes os atingiu, e mergulharam num mar de jornalistas, ambos recordaram outros tempos.
Alice encontrou-se a navegar num mundo de há anos atrás, quando aspirava ser como o pai, quanto o tinha realmente como modelo. De qualquer das maneiras sabia que o pai estava orgulhoso, e que apesar de Alice não ser exactamente o que queria, era bem sucedida, tinha fama, tinha pessoas que a veneravam, tinha uma vida invejável, e agora tinha amor. Apertou a mão de Tom quando este recordava as tardes com Bill, a voz jovem do irmão a ecoar pelo quarto enquanto ele tocava uns simples acordes. Tinham crescido. Agora era outra pessoa, ou talvez o mesmo, apenas mais consciente do que o mundo lhe reservava.
Alice andava calmamente na passadeira vermelha, pousando para as fotografias, tal como ele também o fazia, tão habituado quanto ela. Pousava a mão na sua cintura, confiante, e lembrou-se que talvez fosse esta a razão de celebridades se relacionarem com celebridades, ambos sabem o que esperar de cada um, ambos sabem o que fazer.
Alice parou por instantes quando avistou o entrevistador perto, agarrou na mão de Tom e beijou-lhe a face, para lhe sussurrar ao ouvido:
- Agora não podemos voltar atrás.
- Óptimo – disse ele, e continuou a andar até ser interceptado pelo entrevistador.
- Olá Alice! – Gritou ele, com a câmara atrás de si – Como está a ser a noite?
- Óptima Ryan
- Tom, como estás?
- Fantástico, e tu?
- Também, também! Contem-nos, isto é uma estreia, Alice Vaughn acompanhada! A tua mãe, famosa Irinna, onde está?
- Com o meu agente, está muito contente pela minha companhia de hoje!
A mão de Tom apertou mais a mão de Alice e esta voltou-se para lhe sorrir no compasso de tempo em que Ryan formulava mais uma pergunta.
- E esta companhia, como está a ser, já que tem a aprovação da mãe? Suponho que agora os rumores das revistas sobre vocês estarem de facto juntos é verdade. São mais do que amigos, como é isso então?
- É como um sonho – limitou-se a responder Alice, depois sorriu e encostou a cabeça ao ombro de Tom que permanecia sem resposta.
- Tom?
- Há alguma coisa a acrescentar? – Perguntou com um sorriso de sarcasmo.
- Parece que não, então! – Conformou-se Ryan – Tenham uma óptima noite!
Ambos agradeceram e caminharam até ao interior do edifício.
- Foi melhor do que esperava – constatou Alice.
Tom ainda digeria a frase de Alice. O sonho era realmente a melhor descrição.
Procuraram os lugares e sentaram-se agora mais calmos. Sendo Alice a protagonista do filme, muita gente a deveria cumprimentar, mas olhando a imagem e o som das gargalhadas dela, conversando encostada a Tom, muito pouca gente tinha coragem para interromper, apenas um produtor e uma actriz secundária a veio cumprimentar até que uma sombra pairou sobre eles.
- Fiquei à tua espera – revelou Irinna Vaughn olhando a filha.
- Eu avisei o porteiro que ia sair mais cedo. – Disse Alice, serena.
- Boa noite! Está muito bonita – disse Tom, sorrindo.
Alice deu-lhe uma cotovelada e riu-se, ao mesmo tempo que tentava combater essa expressão perto da mãe.
- Sim, estás mesmo mãe!
Irinna suspirou, pousou a mão nas costas da cadeira ao lado de Alice e sentou-se.
- Vamos falar sobre isto. Ele vai-se embora amanhã.
Alice revirou os olhos e encostou a cabeça no ombro de Tom. Nem se importava se estaria a abusar, era uma noite demasiado mágica.