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Love is not a feeling... It's strength.
Terça-feira, 20 de Abril de 2010

12º Capítulo - Promessa

Olá olá =)

Ainda bem que estão felizes por os capítulos serem maiores. Eu fico um bocado esgaziada a escrever aquilo, não estou habituada xD

A escola ainda agora começou e já estou farta -.- tããão farta, e cansada. Mas vá, hoje pelo menos esteve calor :D

 

 

Beijinhos,

Marii K.

 

XII

 

 

A noite estava quente, ou pelo menos assim lhes parecia. Ambos tinham acabado o cachorro e agora caminhavam apenas, em direcção ao hotel. Tom seguia Alice, pois não fazia a menor das ideias onde se encontrava.

Olhou para Alice e nem queria acreditar que se ia embora. Sentia-se agora como uma criança a deixar o parque de diversões, aproveitava os últimos minutos falando com ela, aproveitando para olhar o seu sorriso e já sabia, que quando a deixasse na porta do seu quarto, teria uma sensação de dormência, como se o seu corpo contasse todos os segundos para voltar para onde estava agora, e ter novas sensações. As suas mãos voltavam a pedir as dela. E por fim, já sem medos agarrou na mão dela.

- Tens frio?

Ela abanou a cabeça. Continuou a andar e em nada notou uma reticência ao facto de estarem assim, juntos e de mãos dadas, com aquele silêncio leve de quem já se conhece internamente.

- Sabes, começou ele… começo a duvidar de ti.

- Porquê? – Perguntou ela.

- Porque me disseste que a tua mãe era muito controladora, e quer dizer, já quase morreste numa aula de condução – Alice interrompeu-o com um riso genuíno – e depois…vens aqui encher-me de cachorros, andas a estas horas na rua, ah! Também foste ao concerto… e eu nunca mais vi a tua mãe

- Pois

- Também andamos a aparecer nas revistas

- Ela é controladora de maneira a me fazer sentir mal pelas minhas acções, só depois é que intervém, e aí…ninguém quer estar ao pé dela – sorriu.

- E sentes-te?

- O quê?

- Sentes-te mal pelas tuas acções?

- Não – disse-lhe enquanto encostava o seu ombro ao braço dele – Nem um bocadinho.

- Oh… - fez ele voz de pena – Assim ela vai intervir, o que vale é que eu já não estou cá – gargalhou.

Alice também se riu, mas depois ficou em silêncio, olhou para baixo. Talvez, ressentida.

- Vais amanhã?

Tom assentiu com a cabeça, arrependido pela forma como tinha dito as coisas. Sentiu-se ridículo por aquelas palavras lhe terem saído assim da boca, sem piedade e em forma de uma piada dolorosa.

- Desculpa – disse.

Alice não respondeu, continuou a andar. Pensou na mãe e na satisfação dela quando olhasse uma revista e visse Tom embarcar num avião para longe, deixando a sua filha indefesa para trás, pronta para ela cuidar. Não era que não gostasse da mãe, todos nós gostamos das nossas mães, por muito mal que elas tenham feito, têm sempre uma chama, nós viemos delas. E Irinna Vaughn nunca tinha feito nada de mal à filha, muito pelo contrário, tudo o que fazia era para o seu bem. Criara uma filha adolescente em ascensão no mundo da fama, sem marido e isso tornara-a assim, como uma combatente, prestes a atirar-se a tudo pelo vitória de fazer a filha singrar e de fazer a filha feliz. Esperando ocupar o lugar do pai e resguardando-a dos perigos da solidão.

Entraram no hotel em silêncio e subiram no elevador, tal como da outra vez, Tom levou-a à porta do quarto. Olharam-se nos olhos. E eram como gotas, deixavam ver o outro lado, quando ambos esperavam apenas por mais uns segundos, por mais uns minutos que os pudesse reter. Ninguém se moveu, até Alice se aproximar e o abraçar com força, puxando para si a memória daquele momento, para a deixar morrer no canto da sua mente.

Tom, sentiu-a assim, tão leve. Beijou o seu cabelo e sentiu o seu cheiro que não queria largar. O abraço teria durado anos, se não ouvissem uma porta bater, naquele piso e depois visto uma pessoa desconhecida andar pelo corredor e descer calmamente as escadas de emergência.

Ela olhava-o fixamente, e Tom agarrou na mão dela, beijou-a e depois passou os dedos pelo seu cabelo. Beijou-lhe a testa e virou-lhe costas. Ambos pensaram o mesmo no instante em que viraram costas um ao outro:

“Sabias que não ia durar”

E o elevador subiu, Tom afastou-se dela com relutância, praguejando com a sua mente, porque razão se tinha afeiçoado a Alice. Porque razão não lhe era ela indiferente, para ele poder prosseguir com a sua vida e deixar para trás a memória daqueles escassos dias.

Entrou no quarto e atirou com a porta, despiu o casaco, as camisolas e deixou-as espalhadas. Deitou-se em cima da cama e convenceu-se de que iria esquecer tudo. Que foram apenas dias, escassos momentos e olhares, beijos discretos e risos acasos. Não iria ser mais.

Fechou os olhos.

 

Alice vestiu a camisa de dormir, levantou a roupa pesada da cama do hotel, como tinha pedido, dois edredões e dois cobertores e enfiou-se debaixo dela. Deixou-se assim ficar, de barriga para baixo enquanto tentava esquecer uma saudade estranha que a assombrava. Agarrou a almofada com as unhas e fez tanta força que lhe doeram os dedos. Que espécie de sentimento era aquele? Tinha de se decidir a deixar para trás, porque afinal, como tinha pensado antes, ela sabia que não ia durar. Por isso teria então de se recordar daqueles dias como um mar de saudade onde tinha mergulhado? Sabia que o fundo era uma fossa escura e desconhecida, mas mesmo assim mergulhou. Sentiu-se ridícula, e vulnerável, como se fosse agora uma personagem de um filme a avaliar outra. Mas a outra era ela própria, genuína como nunca fora.

Seria isso agora o passado, decidiu.

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publicado por Marii R. às 18:04

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De ∞ quinn a 20 de Abril de 2010 às 19:37
Hey :)
Ele não se pode ir embora, não agora .____.
Eles têm de fazer alguma coisinhaa.
Quero mais :DD
Beijinhos.


Comentar:
De
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