Hey (:
Again, cheia de inspiração, e com pouco tempo.
Para a semana tenho teste de Inglês, Filosofia, Português e Desenho e na outra Geometria e Matemática.
Na sexta a minha Joana ficou doente e hoje disse-me que era Gripe A. Ou seja..ando aqui a rezar para no periodo de 5 dias não ter sintomas, senão é o terror fazer os outros testes na semana de Geometria e Matemática.
Ontem fui ver o Lua Nova e gostei (:
Gostava de mostrar desenhos novos mas estão todos na parede da sala xD
E ando a ler um livro que me dá quilos de ideias para fics, chamado: Já ninguém morre de amor.
E... pronto! Gosto muito deste capítulo =)
Obrigada por lerem o que escrevo, apesar de postar com pouca frequencia. E comentarem. Obrigada =)
P.S. Capítulo grandalhão :D
Beijinho, LY all
Marii K.
Capítulo 32
Se não houvesse trevas, não reconheceríamos a luz.
Se não fosses tu, não reconheceria que a minha vida anterior era tão vazia.
- A mãe ficou contente – Tom interrompeu o silêncio.
- Ah… - consegui murmurar – Devia ser difícil para ela…
- Sim. Afinal somos gémeos e irmãos e ela mãe por isso…
Calámo-nos por um instante. Não entendi se ele tinha percebido o que eu queria dizer. Estavas tu a sair da porta da tua casa, olhando o carro com um sorriso quando ele me respondeu.
Assenti com a cabeça distraidamente, sinceramente devia-o ter ouvido com atenção, tu devias querer isso, mas quando vi a tua cara ainda mais pálida tive um mau pressentimento, e assim que entraste no carro não consegui largar a tua mão. Não sei bem como, mas senti que de repente já não serias minha, ou que algo me impedisse de chegar a ti. Mas recusei-me a acreditar apesar de sentir medo. Sabia que ias sobreviver.
Era loura. Era o que eu esperava, mas no entanto parecia simpática…acho que sempre tinha imaginado uma rapariga de mini saia, olhares provocantes. Mas a expressão era calma e apaixonada enquanto olhava para ele. Passou-lhe o dedo pelo nariz e beijou-o na cara, depois nos lábios. Tinha os olhos castanhos e uma camisola colorida, larga e comprida como vários farrapos juntos. Era bonita, reparei melhor quando se chegou ao pé de mim com um olhar tímido.
Olhei para ti por um micro segundo, sorrias. A tua mão estava entrelaçada na minha e movias os dedos devagar, acariciando os milímetros da minha pele que conseguias.
- Oh, o Tom falou-me de ti – disse ela com um sorriso carinhoso.
- Eles não são parecidos? – Perguntaste entusiasmada – Os olhos!
Amy olhou para mim e quase nem focou Tom, percebi que já os tinha admirado muitas vezes.
- Iguais – Respondeu-te – Obrigada por terem vindo, eu não posso ficar aqui muito tempo.
- Sim… - Tom hesitou e agarrou na mão de Amy – É melhor irmos. Até logo.
Olhei confuso para o ambiente, mas tu parecias calma.
Encostaste a cabeça no meu braço enquanto olhavas em redor com atenção. Sentia aquela sala apinhada incrivelmente vazia. Não ouvia o barulho dos copos, as saudações, a música ambiente, não sentia o toque das pessoas em mim. Sentia-te oscilar ao meu lado com os encontrões das pessoas, e assim, puxei-te para a minha frente e entrelacei as mãos na tua cintura. Por mais que quisesse combater, o meu instinto era proteger-te, na mais pequena ou maior situação.
Passaram quinze minutos e as luzes apagaram-se, beijei a tua nuca e senti-te apertar melhor as minhas mãos.
- Queres beber alguma coisa? – Lembrei-me de perguntar.
- Não, não posso. E isto está a começar… - beijaste-me a mão e aninhaste-te mais no meu peito, abateste-te em mim.
Estava ainda a viver o teu toque quando uma música mais brusca de fundo me acordou, de repente tornou-se mais leve, mais fluida, numa melodia calma e bonita de uma guitarra acústica. E quando as luzes se acenderam no palco do bar local, estavam focos a recair em Tom e em Amy. A voz dela juntava-se à melodia calma que depois acelerava, mas tornava a cair outra vez como uma pena. E a letra era-me imperceptível, não me parecia alemã ou inglesa. Sabia apenas que ao mesmo tempo que sentia orgulho ao vê-lo inesperadamente no palco, sentia inveja. Queria que fosse a minha voz que acompanhasse o som da guitarra de Tom, queria que os nossos sonhos de miúdos nos tivessem realizado a ambos. Queria que não houvesse Allison, apesar de ainda ela ser tão importante para mim. Queria que a separação tivesse sido evitada quando antes. Queria que tivesses aparecido mais cedo meu anjo, que me tivesses fundido a ele desde o inicio, queria que estivesses aqui na multidão orgulhosa por me veres no palco.
No momento em que tocavas a minha mente de novo, beijei-te de novo a nuca, mas a tua cabeça descaiu, para o meu ombro. Sorri, virei-te o rosto para me beijares mas os teus olhos estavam fechados e os lábios carnudos e vermelhos estavam entreabertos, um fio da mesma cor dos teus lábios escorria pelo nariz. Aquele momento eras só tu, e o meu medo de te perder que se fazia sentir cada vez mais. O medo que fez sentido quando te vi sair de casa, mais pálida.
Recolhi-te no meu colo, os meus olhos marejados de terror, não sentia a multidão que empurrava, não sentia os passos incertos que dava. Sentia só e exclusivamente o meu peito rasgar-se, e queria dar-te tudo. Queria dar-te vida, queria deitar-me sobre ti e dar-te vida. Daria todo o meu interior, todo o meu físico, toda a minha saúde e jovialidade por ti. Daria a vida. Porque o meu mundo não seria justo sem ti, não teria um único significado. Apertei-te mais contra o meu peito, para te sentir, para me deixar levar por ti, para se algo acontecesse eu fosse contigo, pela eternidade.
As mãos tremiam-me, mas eu queria-te segura. E quando finalmente saí pela porta do bar e o frio me gelou, eu senti movimento pela tua parte, mas não parei.
- Bill… deixa-me ir. – Ouvi a tua voz perto de mim, como se me sussurrasses ao ouvido.
- O que estás a dizer Charlotte? – Ergui o teu rosto, os teus olhos cinza em lágrimas.
- Os meus irmãos? – Uma voz sem fundo, uma voz perdida no meio do mar de sirenes e apitos de automóveis, pessoas despreocupadas, ecrãs, luzes e cores. Mas era tudo cinza para mim!
Assim que avistei o grande edifício a uns metros, agradeci a Deus a proximidade. Eu, na minha descrença agradeci a Deus. Porque tudo o que eu queria, era que uma força maior te impedisse de ir. E sabia que ia conseguir.