Hey,
Têm o direito de me rogar pragas de novo mas... desta vez as questões não são de tempo. Eu simplesmente não sei como escrever, está tudo cá dentro mas não...tipo, não sai.
É horrível, tantas e tantas ideias. Tenho o meu bloco de notas cheio de ideias para a fic e notinhas e cenas dessas e quando chego a casa fico a olhar para o ecrã e simplesmente não sai nada.
É mau, muito mau. E espero sinceramente que seja uma fase.
Escrevi isto agora mesmo, num momento um bocado esquisito xD.
Novas comentadoras (:D) welcome, e oh meu deus(!) Melanciaaa!!! Capítulo para ti (:
Beijinhos,
Marii K.
Capítulo 29
Atirei a mala para o chão e afaguei os braços. Começava a ficar frio. Já tinha dado o segundo toque e não tinhas chegado. Achei que não tinhas acreditado quando disse que estaria onde estivesses, e se fosses faltar á escola me deverias avisar. Ia ter contigo, a qualquer lado, mesmo sem ter a mais pequena razão. Mas era triste haver tantas e todas tão tristes. Decidi então desistir, agarrei na mala e ia deixar o portão da escola quando vejo Allison a sair a correr do carro, esfregando os olhos negros. Estava com realmente mau aspecto. Abrandei mais o passo para me poder cruzar com ela.
Assim que isso aconteceu, observei-a baixar o rosto e fungar tentando manter alguma posição.
- Olá Allison – saudei, baixo. Não sabia se o deveria fazer.
Vi-a colocar os dedos nos cantos dos olhos para talvez reter de novo as lágrimas e depois acelerou o passo, sem me responder e como se não me tivesse visto. Senti-me de novo egoísta e com uma necessidade dura de ir ter contigo de novo. Para ver que realmente tudo o que tinha feito tinha uma razão, uma razão tão plausível. A razão tinhas que ser tu, e o facto de eu ter de me manter fiel ao meu coração.
- Não percebeste a parte de me ligares quando ficas pior, e quando não vais à escola? – Perguntei irritado.
Sorrias, com a cabeça encostada numa almofada. Não parecias pior.
- E também não percebeste que quero que me digas a verdade sobre o que sentes, quanto a isso… - constatei.
Sentei-me no sofá, aos teus pés e continuavas a sorrir, de repente soltaste uma gargalhada.
- Oh Bill, ficas tão cómico assim irritado
- Tenho razões para estar irritado! Eu quero estar contigo!
Coçaste o nariz e levantaste-te do sofá, desligando a televisão. Quando te sentaste de novo e colocaste as pernas sobre as minhas senti tanto calor como nunca tinha sentido. Tentei reprimi-lo, aquele não era, de todo, um bom momento.
- Tu estás comigo Bill. E eu não estou mesmo pior. Hoje estou em casa por outras razões.
- Ai sim?! – Esforcei-me para continuar zangado – Quais?
Deslizaste as pernas e sentaste-te ao meu colo. Eras tão pequena, sentia-te tão leve que parecia ter uma criança no colo. Colaste os lábios aos meus e deixaste-me suspenso de novo. E era mais e mais calor, e eu apenas o queria combater. E consegui.
-Hoje é o dia em que Miss Charlotte Baudelaire faz 17 anos – Sorriste como uma criança e baloiçaste as pernas. – E podes ficar descansado porque te vou avisar sempre de tudo. – Olhaste-me penetrante e sorriste de novo – Ou se calhar vou-te mentir só para te ver irritado. A sério que tem piada
- Parabéns. – Murmurei contra os teus lábios - Porque não me disseste?
Encolheste os ombros e escorregaste para trás, deitada de novo no sofá enquanto agarravas a minha mão.
- Não, seria um dia especial… - Corrigi.
- Os dias especiais são aqueles que achas que vão ser normais. Mas depois não são.
- Então hoje vai ser especial, porque eu achava que ia ser normal
- Exactamente – Continuavas a mexer na minha mão com um sorriso adorável.
- Estás à espera do quê? Vai-te vestir
- Onde vamos? – Apertaste a minha mão com um olhar de entusiasmo.
- Não faço a mínima ideia, mas veste algo quente, está um gelo lá fora.
Levantaste-te rapidamente do sofá e correste até ao quarto, para depois sair com o casaco de xadrez azul e cinzento que eu relembrava naquela tarde onde percebi que nada estava bem. Hoje o casaco iria de certeza trazer-me outras memórias mais felizes que não estas.
- Tu é que vais ter frio Bill. Paramos em tua casa para ires buscar qualquer coisa.
Agarraste-me e na mão e arrastaste-me até ao carro.
E no momento em que estava a conduzir contigo ao meu lado, deu-me a sensação que iria ficar contigo para sempre. Num calor estonteante, num fascínio longo e perdurante, numa paixão sem contagem decrescente. Numa eternidade que não aconteceu.