Hey,
Mariana anda desaparecida, again -.-
Já estou a escrever o capítulo 27, visto que me deu uma súbita inspiração o.o
Mas resolvi vir já postar este agora.
;D
Beijinho beijinho, ah! e obrigada pelos elogios xD omg afinal por fotos aqui compensa
x) kkkiding
E cheguei à conclusão que nao vos mostrei os meus desenhos todos do ano passado x)
A minha japoneeese :D :
Marii K.
Capítulo 26
“Anemia de Fanconi (AF) atinge uma média de 1 pessoa a cada grupo de 360.000. As principais complicações da AF incluem hemorragias, infecções, leucemia, síndrome mielodisplásica e tumores hepáticos. “
Tom engoliu em seco. Sentou-se na minha cama e quando juntou as mãos, soube de imediato que iria ter uma conversa sensata. Há muito que não o fazia e isso tornou talvez o momento ainda mais emotivo para mim.
Fechei o portátil e posei as mãos nos olhos.
- Não, ela… não está cá e a Charlotte só me contou isto ontem.
- Então isto quer dizer que não acabaste com a Allison?
Olhei-o nos olhos e fiz uma expressão perdida, ela ainda não tinha percebido?
- Acaba com isso Bill… o que é que estás a fazer? Vais magoá-la assim?
A expressão dos olhos de Tom tinha mudado. Estava desiludido e assustado, como se de repente eu tivesse mudado de corpo e fosse outra a pessoa que estava ali na sua frente. Levantou-se e olhou-me nos olhos.
- As duas! A Charlotte deve esperar que deixes a Allison e a Allison não sabe de nada. Isso é puro egoísmo, nem sei o que estás a fazer…
Voltou-me costas e eu demorei pouco tempo a assimilar o que me tinha dito.
- Hei! – Gritei – Quem és tu para me dizeres isso? – Perguntei-lhe agressivo, num tom que nunca deveria ter usado - tu que andavas aí a comer meio mundo, presunçoso da vida, tu que –
- As coisas mudaram Bill! – Gritou-me, também interrompendo-me – Tu é que continuas preso ao que eu era, ao que nós fomos. Já não somos os gémeozinhos queridos que éramos. Já não andamos aos sorrisos e aos abracinhos, não somos assim!
Senti-me flamejar, de raiva ou arrependimento, não conseguia identificar.
- Tu sabes bem o que nos une Tom! – Gritei, magoado.
E voltou-me costas sem mais nenhuma palavra.
Repensei na razão daquela discussão, mas não encontrava. Fora inesperada mas no entanto verdadeira. Tom tinha finalmente exposto tudo o que sentia, e eu no mínimo sentia pura e simples culpa. Não podia sentir-me mais arrependido da distância que se criara, quando eu o queria agora, mais perto do que nunca. Quando eu sabia agora, que precisava dele tão desesperadamente como de ti. Doía-me saber que o tinha deixado para trás para seguir num outro rumo, que afinal.. não me levara a lado nenhum.
Descalcei os ténis e atirei-os contra a parede. Estava despedaçado, tudo porque sabia agora, que realmente não controlamos o destino, mas que podemos tentar manter quem gostamos perto de nós. E nada disso eu tinha feito.
E enquanto via o sol descer e a noite chegar, não deixava que as lágrimas de abatessem. Talvez estivesse apenas em estado de choque.
Posso ver-te amanhã, de novo?
Encostei a cabeça na almofada enquanto esperava que o ecrã do telemóvel se iluminasse. Aconteceu nos segundos seguintes.
Claro que sim. Vens cá ter?
Apesar de esperar uma resposta, surpreendi-me por estares acordada àquela hora.
Vou. De manhã.
Não consegues dormir?
Está complicado. Mas tu é que tens de descansar, certo?
Certo. Já falaste com a Allison?
Percebia agora o que Tom queria dizer. Ela estava de facto ansiosa, e não via nada disto tão oficial quanto eu. Senti-me egoísta. E respondi da mesma forma egoísta.
Falamos amanhã. Dorme bem :)