Hey!
Oh Meu Deus!
Ontem fui ao concerto dos Green Day! Foi tão brutal!
Foi o melhor concerto da minha vida! (Tirando os TH obviamente)
O Billie Joe mostrou o rabo duas vazes! Uma delas mesmo para o meu lado, ahah!
Bem..quanto à fic ;D
Ando em pesquisa para ela. Está-me a dar um trabalho desgraçado arranjar as informações que preciso. Mas acho que vai compensar (:
Beijinho,
Marii K.
Capítulo 21
A minha consciência não conseguia acompanhar o coração. Empurrava-me para uma direcção e depois para outra. Punha limitações que acabava por retirar. Punha defeitos e qualidades em quem não devia. Fazia uma batalha onde só devia haver amor.
Mas a consciência, pesada, tentava resolver as coisas à sua maneira, sem subjectividades. Ou era ou não era. Ou eras tu ou era ela. E eu perdia-me entre o coração e a consciência. Não sabia quem escolher. Se por um lado a consciência me levava a Allison, o coração pulsava por ti. E pode parecer disparatado, pode parecer ficcional, mas ele sempre batera assim, desde o primeiro momento que te vira. E quase que não o podia ouvir agora que estás tão longe.
Ouvia as teclas a bater e a impaciência a chegar. Pior era se Allison almoçasse mais rápido e viesse logo falar comigo. Sim, pois tinha a certeza que a conversa não ficaria por ali.
- Porque precisa então o seu professor informações sobre o paradeiro da menina Charlotte? – Perguntou a empregada da secretaria com maus modos
- Porque é professor dos dois. Dá-lhe apoio. – Notei que estava a ficar melhor nas mentiras, e nem sei porquê senti-me orgulhoso disso.
Olhou-me enfadada e rabiscou uma folha que depois me entregou. Consegui ler uma morada, mas não tinha aspecto de ser perto. Dobrei o papel em dois e virei costas sem agradecer.
Quase corria, as pernas moviam-se demasiado rápido e quando ia entrar na sala de multimédia para ver a localização da morada fui interceptado pela mão de Allison.
Era o que menos me apetecia, e muito menos quando a vi com o olhar mais pesado.
Começou a andar para o pátio e encostou-se na parede do canto, fixando o papel na minha mão. Apressei-me a enfiá-lo no bolso das calças e olhá-la com atenção, como se o meu mundo ainda fosse o mesmo do dela.
- Porque é que estás a tentar descobrir?
Engoli em seco. Onde seria que ela sabia tudo?
Optei por não lhe responder. Olhei-lhe as mãos que se cerravam em tormento e uma expressão que se modificava, uma que nunca tinha visto.
- Eu percebo o que estás a sentir Bill… - declarou
Elevei as sobrancelhas e fiquei realmente surpreendido. Era tudo menos aceitação que esperava de Allison.
- Sim… - suspirou. Também sentiria a falta de razão no nosso relacionamento?
- E… Eu percebo perfeitamente que talvez outras raparigas te atraiam. E percebi que o experimentaste com a Charlotte. Mas… Bill, quando sentes isso é melhor falarmos e contares. Porque eu sei que estás arrependido, e que me amas. Não percebo a razão de esconderes isso de mim.
Não lhe conseguia responder. Os pensamentos que já estavam claros misturaram-se de novo. Ela não entendia nada. Ela não reparava na monotonia. Ainda via um amor incondicional que quebrava barreiras, ela ainda nos via juntos. Ela ainda me amava num poço sem fim. E isso não me trazia felicidade. Dava já por mim a desejar que ela gritasse comigo, que acabasse tudo, que pusesse barreiras nesta vida dupla que vivia dentro de mim. Consciência versus Coração
- Não precisas de me esconder nada – rodeou o meu pescoço com os braços e olhou-me irresistivelmente. – O nosso amor não vai mudar, tu e eu sabemos disso. E tenho a certeza que ela também sabe.
Assenti com a cabeça. E sorri o mais verdadeiramente que consegui.
Quando os nossos lábios se juntaram, pela primeira vez não consegui sentir nada. Tinha acabado para mim.
Em tão pouco tempo o coração tinha vencido.