Hey,
aqui está o capítulo bastante esperado. Música nova yeah. Sim esta fic vai ser lifehouse infinitamente porque eles dão-me inspiração para dar e vender =)
Capítulo para a T'Girl!
Beijinho,
Marii K.
17º Capítulo
O nosso olhar demorou. Talvez tivesse ficado preso. E como eu queria que fosse para sempre.
- É óptimo. É especial. – Respondeste com um sorriso.
Movi os dedos das mãos e consegui perceber que ainda tocavas a minha mão. Apertei-a, senti-a. Queria-me seguro de novo. Queria reinventar-me, queria que contigo tudo fosse possível. Allison não me ocorreu na ideia uma única vez.
Continuávamos com os olhos um no outro.
Os teus lábios vermelhos esticaram-se num sorriso.
- Tenho 3 irmãos. O mais velho – Harry; depois o Ryan, depois sou eu e depois o mais novo, o Matt.
- És a única rapariga então… - constatei.
- É diferente, é óptimo. – Humedeceste os lábios ainda fixada em mim – Devias resolver as coisas com o teu irmão Bill. Os irmãos podem ser tudo o que quiseres, estúpidos, egoístas, teimosos… mas no final são sempre nossos irmãos. Ele adora-te tanto como tu a ele. Tenho a certeza disso, mesmo que não saiba o que aconteceu o mesmo que não o conheça.
Reflecti sobre as tuas palavras. A tua mão subiu no meu braço e deixei de sentir frio. Estava quente, estava a sentir o coração bater tão rápido no meu peito, estava com desejo de te beijar, de te sentir de todos os modos, e sabia que não podia.
- Deves ter tido os teus motivos. – Sussurraste de imediato, voltando a entrelaçar os teus dedos nos meus. Deixaste de me olhar e fixaste o céu estrelado.
- Eu deixei-o por causa da Allison. Mudei de escola por ela e foi como se me tivesse esquecido dele. – Parei para engolir em seco – Ele nunca gostou muito dela. Disse que ela me controlava, mas era apenas um miúdo, como podia ele saber isso? Pensava que apenas tivesse ciúmes de eu ter uma relação real.
- Tenho a certeza de que não foi isso que ele sentiu Bill.
- Nós fomo-nos afastando. Eu estava no Liceu privado e ele no público. Eu tinha amigos novos e ele ficara com os nossos amigos antigos. Todos me condenavam por dar tanto de mim a Allison.
Percebi que a minha respiração tinha voltado ao normal. Serias tu?
- Não deviam. Não fizeste nada de mal.
- Mas não sei se valeu alguma coisa – Confessei com os olhos petrificados no teu rosto.
Estavas a entrar dentro de mim. Penetravas mais e mais. Captava-te com todo o meu coração. Não saías, não te movias. Permanecias, permanecerás para sempre.
- Não sei. Normalmente não ando tão confuso como agora. – Revelei-te com a voz rouca.
Parei durante uns momentos. Reflecti sobre o facto de me declarar naquele momento, mas era impossível, era inimaginável quebrar tudo assim.
- Estás a ver a Ursa Maior? – Apontaste para as estrelas
- E aquela ali, bem juntinha, mas de fora?
Definia-te tanto a ti como a estrela.
- É diferente. – Constataste de novo, olhando para mim – E não deixa de ser bonita. De certa forma é especial.
Enquanto te continuava a fixar, não te via. Estava perdido. E assustei-me quando me soltaste a mão e a colocaste na minha nuca. Fixaste-me durante dois breves segundos, como que pedindo permissão. E os teus lábios vermelhos colaram-se nos meus. Não pensei se devia transformar num beijo com desejo de ambos os lados, foi automático. Senti a minha língua na tua. Senti o sonho realizar-se. E era tudo muito melhor agora.
O sabor exótico era real, o toque selvagem. A pele de seda. E quando abrisse os olhos ainda estarias ali. De certeza.
Recuei. Continuava a fixar-te. Assustado com o que acabara de fazer, mas também maravilhado.
- Desculpa. Sempre me ensinaram a satisfazer a curiosidade. – Disseste sem um único rubor na face.
- Não faz mal… Isto não… não faz mal.
Fixámos de novo as estrelas e passados alguns minutos, levantámo-nos sem uma única palavra. Largámos as mãos e seguimos para casa, em caminhos opostos.
Não me esqueci de nenhum momento, de nenhum segundo. Não me esqueci do teu cheiro fresco dessa noite. Vou relembrar para sempre como os teus olhos brilharam na luz das estrelas.
Comecei a amar-te muito antes de ter possibilidade de te tocar, de te beijar e de ter o teu amor de volta. Comecei a amar-te porque representaste uma possibilidade de me reinventar.