Fics

Love is not a feeling... It's strength.
Quarta-feira, 12 de Agosto de 2009

27º Capítulo - Odeio-te a Ti

Hey

Ando a demorar a postar, eu sei... mas estou a ver como acabo a fic.

Eu sei o final, só não sei como lá chegar. Enfim...

Este capítulo é grande, como vocês gostaram tanto do outro grande também (:

 

Ah! o meu PC em principio vai para formatar amanha..acho eu. E sexta vou para o Algarve, por isso, só devo postar no sábado, mas de qualquer maneira vou tentar postar amanha ou sexta dependendo dos comentários. Alright?

 

Tenho de ir arrumar o quarto

--'

 

Beijinho,

Marii K.

 

 

Vinte e Sete
Repressão
 
 
 
 
Afagava o seu cabelo com carinho, como sempre o fizera. Mas naquele dia tudo parecia meigo.
Ela olhava fixamente a televisão, mas de facto era como se ela não estivesse lá, era como se fosse um buraco tão escuro que tornara a sua vida numa espiral. Mas agora era diferente. Não era?
Para seu próprio bem tinha de ser diferente, e aquele rapaz que lhe acariciava o rosto distraidamente, enquanto estava pousada no seu colo, tinha de ser o seu verdadeiro amor. Senão, para quê correr tantos riscos e tentar retirar o pior de si com tanta força? Não fazia sentido mudar por alguém que não gostasse de si daquela maneira.
- Tom…
Dirigiu o rosto para ele, que fez imediatamente o mesmo, com um sorriso. E passou os dedos para o seu cabelo, agora estendido pelo seu colo e pelo sofá.
- Podemos ir a um sítio? – Perguntou ela.
Tom fitou de novo a televisão e depois o rosto dela. Beijou-o e assentiu com a cabeça.
- Claro.
Ambos se levantaram e desligaram a televisão, dirigindo-se para o carro na garagem de Megan, que se esgueirou para o local do condutor e não se deu ao trabalho de ligar a rádio.
Para sua surpresa Tom não fez perguntas. Permaneceu no seu lugar em silêncio, olhando a estrada. E Megan sabia que ele tinha outros pensamentos na cabeça; queria saber quais. Perguntava-se a si mesma se ele sabia para onde se dirigiam, e o mais provável era realmente sabê-lo.
E continuando com o olhar fixo na estrada, seguiu o caminho conhecido sempre com o aterrador pensamento, que estava em dívida para com a sua mãe, por há tanto tempo não pôr ali os pés. Não olhar a campa, nem fazer companhia como antes fazia. Seria Tom que a tinha mudado? Ou era apenas o sentimento de libertação dentro de si, a indiferença inconsciente da fugaz e desesperada libertação da dor. Tinham passado tantos anos. E era hoje que fazia anos, exactamente, que ela se lembrava de beijar a sua mãe antes de sair, com os mesmos lábios que pressionou no peito do rapaz que lhe tinha levado a vida, de certa maneira. E ela era culpada, era ela que o tinha levado a fazer aquilo.
E observando deste ponto de vista, não podia duvidar do amor de Tom. Pois ele era o mais verdadeiro e puro, que o levara a cometer loucuras que nem ela própria imaginara. Mas eram estúpidos e eram jovens sobre o efeito de muita coisa. Seria desculpa?
Quando atravessaram o cemitério, mais uma vez em silêncio, foi quando ambos sentiram o coração mais pesado. Sentiram a culpa a cobri-los apenas deixando as memórias de fora, corroendo tudo o que era orgulho próprio.
 
- Sabias que vinhas aqui?
Finalmente teve a coragem para exprimir uma palavra, que tanto temia que não a deixassem suprimir as lágrimas. Mas conseguiu, e todas elas ficaram retidas.
Ele não respondeu. Limitou-se a beijar o rosto de Megan e pegar na sua mão, pousada no seu colo. Podiam sentir o calor da lápide, que outrora fora tão fria. Mas agora o calor do Verão não perdoava.
- Já podias ter dito antes que querias vir Meg… - Murmurou contra a testa da namorada, que depois se afastou.
- Eu não queria… Só –
- Só hoje é que quiseste vir, porque este dia… realmente traz muitas recordações.
E olhou o chão onde estava sentado, com relva fresca e verde contra o seu estado de espírito tão pesado.
Megan não se mostrou surpreendida por ele saber a data. Afinal todos os anos o jornal relembrava que um caso de homicídio continuava em aberto nas mentes de todos, menos da polícia, que o considerara inconclusivo.
- Se quiseres podes vir cá todos os dias. Eu trago-te, posso ficar lá fora, posso entrar. Como quiseres… - ofereceu-se ele de novo, sempre com a mão de Megan na sua.
- Tu amas-me Tom? Da mesma maneira que amavas antes de tudo? – Fixou-o com o olhar repleto de lágrimas que teimava em conter.
- O que te leva a fazer essa pergunta? – Murmurou ele, passando os dedos pelo seu rosto.
Ele neste momento só queria que Megan chorasse, que deitasse de uma vez por todas todo o terror que tinha dentro de si, que se livrasse da culpa.
- Tu amavas-me, para teres feito o que fizeste. Porque eu queria, porque eu te pedi.
- Foi muito inconsciente – ele declarou, e ela não respondeu. Já o sabia. – E nós… éramos putos. Eu amava-te de verdade, mas não mais do que te amo agora.
A sua voz era tão calma que não perturbava o silêncio do cemitério. Era até como se o completasse. Com uma melodia triste e terna, tão conjunta de saudade e amor.
- Como me deixaste? – Perguntou ela.
E quantas vezes tinha feito a mesma questão? Quantas vezes o rapaz lhe tinha respondido com uma doçura inimaginável a qualquer rapariga.
- Deixei-te para não te culpares Meg. Tu não podes viver com essa culpa dentro de ti, com essa raiva, com esse rancor e ódio de ti própria –
- Prefiro que assim seja – Ela interrompeu.
- Mas não pode ser. Não podes fazer isso a ti própria. Deixei-te ir por te amar, por saber que era o melhor a fazer.
- E depois, e agora?
- Apercebi-me que não conseguia estar longe de ti, ver-te com outras pessoas, ver-me com outras pessoas. Fui egoísta. Fui egoísta porque não conseguia guardar as hormonas para mim, e estava com outras raparigas.
Acabava sempre uma declaração com uma brincadeira. Era a sua marca, era ele.
- Eu amo-te Tom… – Murmurou Megan, agarrando o corpo dele contra si, e deixando uma lágrima cair. Em segredo.
- Eu sei…
E também sabia que ela chorava, também sabia o sofrimento que lhe ia na alma. Olhou para ela, esperando que voltasse à realidade do presente, e finalmente beijou-a.
Uniram as mãos e percorreram os caminhos mais devagar, como se o tempo tivesse parado para eles. O ambiente era favorável, visto não estar lá ninguém. Pelo menos assim o parecia.
Tom ergueu os olhos para a um caminho contrário e viu Madeleine acenar com um sorriso tímido. Ele movimentou a cabeça também em gesto de aceno, vendo a rapariga ajoelhar-se em frente à campa de Lucas Harrison. E de repente a sua boca ficou com um sabor metálico, e tudo o que o irmão lhe tinha contado nos últimos meses sobre Madeleine, fez sentido. Era então…ela mesmo. A filha de Lucas Harrison.
- Quem era Tom? – Perguntou Megan com curiosidade.
Durante todo este tempo que Bill e Madeleine se tinham andado a encontrar, Megan não a tinha visto uma única vez. Aliás, não ia a casa dos gémeos já há muito tempo, devido às suspeitas de Tom, sobre quem poderia ser Madeleine. E agora, tudo era mais confuso, como se não soubesse de nada, agora não sabia o que havia de fazer. Pois o seu irmão já se tinha apaixonado, e logo pela rapariga a quem devia as maiores desculpas e a quem entregara toda a compaixão depois do que tinha feito com Megan. Se Madeleine soubesse quem Tom e Megan eram na verdade, não olharia duas vezes para os denunciar.
Engoliu em seco.
- Não era ninguém, apenas uma amiga.
E apertou mais a mão de Megan, puxando-a para si e envolvendo a sua cintura.

publicado por Marii R. às 22:27

link do post | favorita-me

De Maria a 13 de Agosto de 2009 às 13:39
Hi sweety! x)
O Bill apaixonou-se pela, digamos, pessoa errada! O Tom e a Megan terão que contar toda a verdade a Bill, mais cedo ou mais tarde! Agora que ele gosta da Madeleine e ela é filha de Lucas Harrison!
Espero que isto não acabe mal para o lado de Tom e Megan! :D

Quero mais, sim querida?
Beijocas muito grandes, dear!
:D


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