Hallo :)
Obrigada pelos parabéns :D
Pelos vistos o coisinho da votação está a ter sucesso, neste momento está a In Your Shadow a ganhar, o que me deixa um bocado às aranhas porque não sei muito bem como vou fazer essa o.o, maaas, eu arranjo-me. De qualquer maneira têm muito tempo para votar ainda :)
Estou tão triste pelo passatempo da Reebok ser apenas para aqueles 3 países :( é tão injusto.
Eu + 1 dia + Tom Kaulitz = Morte Cerebral por felicidade.
Mas enfim... Não sou só eu a desiludida de certeza :(
Beijinhooos ;D
XVIII
O corpo parecia ter sido lançado. Tom agarrava-a de uma maneira incompreensível, como se naquele momento agarra-se o seu mundo.
- O que se passou Alice?
Ela gemeu. Não queria falar.
- Alice – parou – conta-me
Continuava um silêncio, apenas o som de Tom a afagar o seu cabelo comprido. Beijou-lhe a cabeça. Nunca se tinha imaginado assim. Alice apertava-lhe a t-shirt com força quando o telemóvel de Tom tocou, no bolso.
Ela afastou-se imediatamente. Fungou apesar de não estar a chorar, era como se estivesse apenas a escorrer por dentro.
- Atende. – E afastou-se, entrando na casa de banho. Fechou a porta atrás de si.
Tom olhou para a porta expectante mas acabou por atender o telemóvel.
- Sim – falou.
- Então, está tudo bem? – Falou a voz de Bill, do outro lado do oceano.
- Sim, mais ou menos.
- Porquê? – Perguntou o irmão imediatamente, Tom percebeu pelos barulhos que Bill estava a mastigar.
- Nada que possas resolver.
- A Alice está bem?
- Sim, está.
- E tu?
- Também Bill. Olha eu…tenho de desligar está bem? Ligo-te mais logo, de qualquer maneira volto amanhã.
- Pois, eu sei. E temos uma entrevista e estão a planear a tour para a Ásia e –
- Já?! – Interrompeu.
- Tom, eles falaram nisso há três semanas e todos aceitámos.
- E datas?
- Falamos amanhã.
- Mas Bill…
- Tom, tu queres fazer isto.
- Eu sei, mas –
- Com calma fazes tudo. Vai lá tratar do que tinhas de fazer ok? Até amanhã
Engoliu em seco e tirou a fita do cabelo. De repente sentia calor como se estivesse fechado nalgum sítio com milhões de pessoas. Claustrofóbico.
- Ok. Até amanhã.
Deixou o telemóvel ao lado da fita, e deu meia volta em torno de si. Inspirou. E quando estava prestes e bater à porta da sua casa de banho, viu um envelope escorregar por baixo da porta do quarto do hotel.
Pensou por momentos deixá-la lá, assim que viu numa letra perfeita o apelido Vaughn. Mas agarrou-a, e enfiou-a no bolso sem pensar sequer em abri-la.
- Alice – chamou – posso entrar?
Antes de responder, ela abriu a porta da casa de banho, mostrou um sorriso algo desvanecido, passou por ele e deitou-se na cama, olhando o tecto.
- Queres ir a algum lado hoje?
Tom encolheu os ombros.
- Como quiseres.
- Eu não quero – disse.
- Então ficamos aqui – deitou-se ao lado dela e rodeou os seus ombros com os braços.
Ela escorregou até ficar com a cabeça no peito dele. Sobressaltou-se por ouvir um bater tão rápido no coração de Tom, mas não se moveu.
- Está tudo bem? – Perguntou ela.
- Essa não é uma pergunta que devia ser eu a fazer?
- Responde-me, vá lá.
- Claro que está tudo bem… - Alice ainda não o conhecia assim tão bem para perceber que aquele tom de voz não era tão convincente quando parecia. Se fosse Bill, Tom tinha a certeza que teria de contar tudo o que lhe ia na cabeça, pois ele iria perceber de imediato que algo estava errado.
- Sabes o que eu disse à minha mãe? – Perguntou.
- Não
- Eu disse-lhe que eras como uma luz, quando está tudo negro. – parou - Eu tenho medo do escuro. – revelou-lhe passivamente.
- E sou?
Ela levantou o tronco e aproximou o rosto de Tom.
- És.
Encostou os lábios aos dele e passou-lhe a mão pelo peito coberto pela t-shirt. Tom agarrou as suas costas e fez o beijo durar, enquanto os pensamentos não o deixavam viver aquele momento. A carta no seu bolso de repente pesava-lhe uma tonelada, e as imagens de um tour pela Ásia assombravam-lhe todo o corpo e mente que apenas queriam estar perto de Alice, quanto mais no início da relação.
- Alice – começou, interrompendo o beijo – não podes começar uma guerra com a tua mãe por minha causa.
- Oh Tom – suspirou, enquanto se deitava direita na cama – a guerra já começou há muito tempo, apenas está mais real agora.
Tom ficou a pensar no facto de a guerra já ter começado há mais tempo, mas não pensou sequer em interferir, talvez apenas tivesse medo de saber que os tais problemas pudessem estar relacionados com a carta que guardava no bolso.
E se de facto lhe perguntassem o porquê de esconder a carta, ele na verdade não saberia responder. Não por medo ou cobardia das reacções de Alice, mas pelo simples facto de não saber que tipo de instinto o levou a esconder aquele insignificante pedaço de papel. Era como se outra parte de si tivesse agarrado a carta numa perfeita lucidez do que fazia, e agora, essa parte não o deixava agarrar naquele segredo e pô-lo na frente de os olhos de Alice. Porque a assinatura de Irinna Vaughn de repente despoletava muita coisa. Incluindo o medo de ter Alice longe de si, redobrado ao receio da separação que lhe antevia pela tour da Ásia.
Uma voz gritava-lhe que era apenas só uma carta, aconselhava-o a abrir, a rectificar que era algo formal, sem sentido, sem segundas intenções. Mas outra dizia-lhe para a deixar estar numa profundeza, sem que o pudesse magoar. Mas se era apenas uma simples carta para Alice e Tom, porque razão tinha entrado pela porta do quarto dele, e não dela?