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Love is not a feeling... It's strength.
Quarta-feira, 28 de Abril de 2010

14º Capítulo - Promessa

Hey :)

A vida anda-me a tramar, e os trabalhos de grupo e etc. Bah, bah, bah!

Anyway, obrigada pelos comentários e as boas vindas às novas leitoras ;)

 

Com tanta coisa que tenho para fazer, nem estou ansiosa para os meus anos na sexta feira --' , o que é bastante esquisito em mim. Mas já tive uma prenda de anos adiantada :D em monitor novo para o PC tipo LINDO e enorme *yeihh*.

Vou tentar postar na sexta, apesar de não prometer nada :/

http://i40.tinypic.com/2naisyv.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Beijinhos,

Marii K.

 

XIV

 

 

De olhos fechados, Tom tinha apenas uma visão. Os dedos enrolavam-se dentro dos bolsos, rodeavam um vazio que ele não queria sentir. Não tinha a noção que um ténue sorriso lhe atravessava o rosto.

- Isto não pára – disse Bill.

Pousou no seu colo outra revista, Tom leu apenas o título, “Os encontros”. Encolheu os ombros e estava prestes a fechar os olhos de novo quando olhou com mais atenção para a fotografia. Tom e Alice, abraçados à porta do quarto dela. A foto do dia anterior.

Tom suspirou e leu a história, de como os tinham apanhados na despedida, no dia anterior à partida dos Tokio Hotel. A história era longa, ricas em pormenores inexistentes. No fim, deixava uma pergunta no ar “Irá este romance resistir à distância?”

Tinha vontade de lhes responder, de lhes dar a verdade ali. Que sim, por ele, agora num inicio, tudo o que poderia dizer era que estava a fazer tudo para se manter em contacto. Mas uma parte de si tremia com a pergunta, uma parte de si deixava o pensamento de que talvez a distância fosse proibitiva.

Meio atordoado, Tom devolveu a revista ao irmão e molhou os lábios com a língua. Engoliu em seco e encostou-se mais no banco.

- Eu sei que há muitos boatos, mas… é verdade isto? – Bill agitou a revista nos seus olhos.

Tom endireitou-se um pouco na cadeira, olhou para a revista e depois para o irmão.

- Amanhã volto para Nova Iorque, apenas dois dias.

- Voltas?

- Sim, eu…venho ter com a Alice. Vai estrear o Oriundo.

Bill tapou a boca com ambas as mãos.

- Também quero!

- Também queres o quê?

- Vir à estreia do Oriundo! – Disse alto.

Tom coçou o sobrolho, olhou para Bill com uma expressão de desentendimento.

- Eu não venho pelo filme, venho por ela.

- Pela Alice? – Bill chegava-se mais perto do irmão, embrenhado na conversa.

- Por quem havia de ser? – Disse Tom, retoricamente.

Bill olhou a revista pensativamente.

- Então é verdade…

Tom assentiu com a cabeça e fixou o irmão, que continuava pensativo. Depois pensou também ele. Tentou adivinhar o que Bill pensava, queria agora aquele poder dos gémeos, queria que isso se realizasse tal e qual como dizem, queria ler a sua mente e saber se o irmão estava a meditar sobre as complicações que este romance poderia trazer para a banda.

- Olha, se estás a pensar que isto pode ser algo que prejudique a banda, eu digo-te que não vai acontecer nada que prejudique e –

- Eu não estava a pensar nisso.

- Não?

- Isto é sério Tom? – Perguntou com um olhar profundo.

- Ela é… fantástica Bill. E não só como carreira. É divertida e verdadeira. Sabes uma certa timidez, uma certa sei lá…

- Inocência?

- Sim! Aquela inocência juvenil, mas também com uma parte séria, terra a terra. Não sei como… Foi tão pouco tempo. E eu tenho de admitir que nunca pensei, que pensava que era apenas uma rapariga bonita, sem interior. Mas é diferente.

- Ela é linda, de verdade – disse Bill.

Tom assentiu com a cabeça, orgulhoso. Olhou o irmão mais uma vez.

- Achas que dá?

- Ela sente o mesmo que tu certo? Eu acho que resulta de maneiras que desconheces, que vão arranjar maneiras que não imaginas minimamente para superar essa distância. – Bill reparou no olhar atento de Tom – O Georg consegue – apontou para o baixista que dormia na cadeira desconfortável do avião – tu também consegues.

- Mas a Alice é actriz, é diferente. Não é só as minhas viagens que tenho de controlar.

Bill encolheu os ombros.

- Acho que tudo depende das tuas escolhas e das delas. Eu matava para estar no teu lugar Tom, não pela Alice

- Eu sei – sorriu Tom.

Bill continuou calmamente a ler a revista. Depois de ter revelado a sua solidão que já era tão conhecida por todos, passava pelas bocas do mundo, depois de ele o admitir em entrevistas. Mas Tom sabia mais, e sabia que o irmão tinha forças dentro de si para combater isso. Sabia que Bill precisava de muito mais do que uma rapariga para o completar apesar de o saber como um romântico. Sabia que o irmão precisava mais do seu apoio, da música, dos amigos, da família e de todos os que o apoiassem. No final de contas, só faltava ali um número na equação de Bill. Um número, um espaço em branco que sabia que Bill iria preencher um dia, mais cedo ou mais tarde. Com uma naturalidade de alguém que nunca sentira qualquer solidão.

 

 

Alice saiu do vapor quente da casa de banho. Entrou no quarto e a primeira imagem que teve foi a da mãe, sentada na cama atarefada com o fecho do vestido da gala.

- Já leste a revista?

- Qual revista?

- Tua e do guitarrista

- Tom – corrigiu Alice.

- Sim, Tom. Ele já se foi embora?

Alice acenou com a cabeça, sem expressão.

- Só quero o melhor para ti Alice. Nunca penses o contrário.

- Eu sei mãe.

Irinna beijou a testa da filha e saiu do quarto.

Alice não chegou a arranjar maneira de contar à mãe que o “guitarrista” era muito mais do que uma amizade. Não chegou a arranjar maneira de lhe dizer que pela primeira vez, iria acompanhada verdadeiramente, a uma gala.

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publicado por Marii R. às 19:15

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