Fics

Love is not a feeling... It's strength.
Sexta-feira, 19 de Junho de 2009

19º Capítulo - Aliados de Sangue

Hey

 

Portanto, estive mais dias sem postar...

Um bocado de frustração e poucos comentários, levaram-me a perceber que se calhar não gostam muito desta fic. Devem ter os vossos motivos e eu não condeno de forma nenhuma ok?

Anyway, ela já está quase a acabar, e a minha estrelinha já me convenceu a postar a Odeio-te a Ti, já tenho cabeçalho, tudo para ela, por isso...don't worry que esta está quase a acabar.

 

Beijinho@

 

Marii K.

 

 

19º Capítulo
 
 
            A gruta começava iluminava-se pela luz ténue. Rose despertou finalmente. Não dormia assim há dias e dias. Mais tempo do que os que tinha marcados no braço. Olhou de novo para eles e suspirou. Só ela e Tom sabiam como a dor era assim, só eles sabiam a vontade para formar uma aliança assim.
            Tanta gente podia perguntar se um amor assim seria legítimo. Tão novo, tão repentino, tão quebrado por regras e padrões. Mas eles sabiam, sempre souberam que valia a pena. Sabiam que o que lutavam iria ter o fim desejado, eles ficariam juntos. No amor, no ódio, na vida e na morte. Eram eles, só eles, e o amor incondicional que os unia. Tantos laços em volta de dois pequenos corações, batendo em uníssono, embalados pelo terror de uma guerra.
            - Qual foi a lógica disso Rose?
            Só nesse momento deu pela presença de Bill nas suas costas. Sorriu.
            - Bom dia.
            - Podes explicar-me? – Perguntou com clareza.
            - Ele também os tem.
            O sorriso dos seus lábios não se desvanecia, tinha tanta necessidade de falar dele ao seu irmão. Dizer como ele foi corajoso, maravilhoso, como ele teve a capacidade absoluta de a amar.  
            - Ele fez cortes nos braços de modo a contar os dias que eu não o ia ver, que o tentava ignorar. Fez isso para me mostrar o que sofria ao não me ver, ao não me sentir.
            Rose fechou os olhos e viajou pelas sensações do toque da pele de Tom na sua, o fogo que lhe provocava cada simples carícia. O ar que lhe faltava nas palavras que lhe tinha a dizer.
            Agora já nada podia dizer, o ar faltava por outras razões. A saudade, o medo de o perder. Uma lágrima voou directamente às recentes marcas no seu antebraço, provocando a sensação desagradável do sal sobre a pele nua nos cortes. Estremeceu e Bill agarrou-lhe a mão.
            - Tudo desponta amanhã. Amanhã vamos descobrir tudo.
            - Vamos? – Perguntou na sua voz estremecida.
            - Eu vou também…
            - Ai, não vais não Bill!
            - Porquê?! – Gritou como uma criança. – Achas que não sou capaz? Que não quero encontrar o meu irmão?
            - Não Bill…mas tu és médico, não é para ires.
            - Eu quero Rose. Eu vou. – Murmurou.
            - Achas que o Tom quer perder o irmão assim?
            - E quer perder a rapariga que ama? – Ripostou rapidamente.
            O que valia a ambos, era que a “enfermaria” estava vazia, sem rasto de qualquer recruta que pudesse ouvir a suspeita conversa.
            - É diferente. Eu… eu consigo Bill, fui treinada para disto, deixa-me uma vez na vida combater pelos motivos correctos, deixa-me procurá-lo, deixa-me trazer-to. Deixa-me fazer por ti o que fizeste por mim!
            Bill percorreu o corpo atlético de Rose com os olhos, parando sobre o seu olhar implorante. Vacilou e agarrou a sua mão com força, fechando os olhos e deixando a sua cabeça cair sobre o braço de Rose.
            - Vais mesmo trazê-lo de volta Rose? – Perguntou contra a sua nova farda.
            - Sim Bill. Prometo-te.
            Ambos sorriram e juntaram as mãos num pacto. Bill sabia o pouco tempo que lhes restava. Quando o sol nascesse de novo, não haveria modo de voltar atrás.
            - De onde vêm vocês Bill? – Perguntou Rose, preenchendo o tempo que não passava, a lua que não subia para depois dar lugar a um novo sol.
            - Uma cidadezinha na Alemanha. Os nossos pais são divorciados, eu sempre me dei muito bem com o Tom. Vivíamos em casa da nossa mãe até o Tom se alistar e depois eu entrar com ele para a Medicina na área militar. – Explicou feliz por terem assunto.
            - Porquê na área militar?
            - Porque quis estar perto do Tom. Nunca me tinha separado dele até esta maldita guerra, até tudo começar a…
            - Não fales nisso Bill. – Interrompeu Rose, apertando de novo a sua mão. – Quando nasceram vocês?
            O médico sorriu, encostou-se na sua cadeira, sempre segurando a mão de Rose e deixando que o sol se abatesse sobre a sua longa conversa. Rose cada vez se maravilhava mais, com o coração de ambos os irmãos. Como sentia falta do toque de Tom, como queria ouvir a sua voz de novo…
            Fechou os olhos e apenas foi acordada em sobressalto pelos recrutas.
            - Está na hora. – Disse o mais novo, calmamente e ajudando-a a levantar da cama.
            Não encontrou Bill para se despedir. Fechou os olhos e inspirou bem fundo, para percorrer os caminhos mais tortuosos e encontrar Tom. A sua prioridade era ele. Matariam por ele; morreria por ele.
            Pegou na arma e correu para fora da gruta com os outros recrutas. Chegou perto do território inimigo, quando o sol despontava. O dia porque tanto esperou tinha chegado. Aí se deparou com a morte e a dor directa. Aí esperou encontrar o amor da sua vida.
            Lançou-se para a frente, para uma chuva de balas, chamas e sofrimento.
           
 
 
 
 
 
Song: You and me - Lifehouse
I'm: no comments...

publicado por Marii R. às 20:43

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De ztiluak a 19 de Junho de 2009 às 21:55
e claro que estamos a adorar esta fic! falo por mim pelo menos.

vou ler!


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De
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