Fics

Love is not a feeling... It's strength.
Sábado, 21 de Fevereiro de 2009

4º Capítulo - Talvez no Futuro

HEEYY *.*

CARNAVAL CARNAVALL!

Pronto..eu sei que para vocês talvez não signifique muito, mas isto cá em Torres Vedras é a loucura xD

Portanto:

sitezinho do carnaval: http://www.carnavaldetorres.com/

videozinho da minha tarde à espera do carnaval de noite (voz afectada) xD : Video

 

Não sei quando volto a postar, isto nesta altura é um bocado incerto, devido ao Senhor Carnaval, mas eu esforço-me, por isso este capítulo é big e bonitinho, ok?

 

Beijinhoooo

BOM CARNAVAL!

 

 

4º Capítulo
 
 
            Finalmente olhou lá para dentro. Pontapeou o caixote, para perto da sua cama e abriu as abas, uma a uma. Até visualizar completamente o peso das suas memórias. E se aperceber do quanto isso o perturbava, dava então, alguma razão às emoções há flor da pele do seu irmão.
            Cada fotografia, os seus presentes, os seus pertences, algumas das suas peças de roupa, soltavam um cheiro tão forte e persistente, que fazia a alma de Tom tombar. Fechou os olhos com repulsa dos sentimentos e empurrou o caixote para debaixo da cama. Já tinha sido o suficiente.
            Desviou o olhar húmido e cansado para o relógio digital, que marcavam quase seis horas da manhã; só nessa altura se apercebeu que demorara mais do que um dia, para decidir se iria ou não abrir a caixa. Considerou mesmo a hipótese de pedir a alguém para os deitar fora, mas não conhecia ninguém ali que lhe pudesse satisfazer o favor. Não iria falar com Bill sobre isso.
            Levantou-se da cama e abriu a porta do quarto, reconhecendo que o ar estava bastante mais respirável no corredor.
            A porta de entrada abriu-se e Tom dirigiu-se para a cozinha, deveria ser Bill, ultimamente levantava-se cedo, ignorando os pesadelos da noite.
            - Bom dia. – Ouviu uma voz tímida atrás de si, enquanto retirava a loiça da máquina.
            - Bom dia – quase gritou, surpreendido. -, Meredith?
            - Sim, vim cá já hoje.
            Tom olhava Meredith, enquanto esta o empurrava para fazer ela o trabalho. Fazia as coisas rapidamente, pedindo depois indicações sobre a planta da casa. Tom indicou-lhe as devidas divisões, e tomou o pequeno-almoço, um tanto atordoado.
            Dirigiu-se depois ao quarto, vendo o caixote de novo de fora. Enquanto Meredith limpava a sujidade debaixo da cama.
            - Saia. – Disse Tom num murmúrio.
            - Diga?
            - Saia!
            Meredith, levantou-se do chão, assustada com a reacção de Tom, as mãos tremiam de nervosismo, ao ter ouvido a sua voz irada. Tentou andar apressadamente, mas escorregou no pano, caindo de novo no chão. Engoliu em seco e apanhou-o. Era tal como o seu primeiro dia no café, tudo corria mal, o destino castigava-a mais e mais. Fungou e passou as costas da mão pelo nariz, verificando que estava a sangrar. Só lhe faltava nesta altura uma hemorragia.
            Conseguiu finalmente levantar-se e apressou-se a sair do quarto, quando Tom a agarrou o seu braço. Pegou na sua mão e abraçou os seus ombros.
            Meredith não sabia como reagir, não conhecia o rapaz de lado nenhum. Lembrava-se vagamente do seu nome, apenas porque a prima Cady não parava de o mencionar. No entanto, via nos seus olhos que já tinha sofrido, tal como ela. Alguma coisa tinha em comum com Tom pelo menos. Mas, apesar do abraço ser inesperado, ela contribuiu para ele, o calor que emanava do corpo do confuso rapaz, fazia-a sentir-se como se ainda estivesse viva, como se ainda tivesse algum significado naquele enorme mundo.
            - Desculpa. – Sussurrou Tom ao seu ouvido, de repente, ao tratá-la por “tu” sentiu a barreira ainda mais quebrável entre eles.
            - Qual… - principiou, com a voz a falhar – qual é o problema Tom? Não sabias que eu vinha para cá trabalhar pois não?
            - Não, realmente não sabia. – Afastou-se dela e encostou-se à porta do quarto, fixando os lábios carnudos de Meredith.
            - Mas… não é esse o problema pois não?
            Inspirou profundamente, e deixou os lábios de Meredith para olhar a caixa de cartão mais uma vez exposta. As fotografias faziam os pensamentos rodarem na sua cabeça como um turbilhão. Pensou para si mesmo que não aguentaria aquilo durante muito tempo. Tinha de se livrar daquela caixa de emoções, mas o que lhe faltava era toda a coragem.
            - Não, esse não é o problema.
            Meredith olhou também a caixa.
            - Oh! Não podia mexer? Eu não mexi, juro! Eu apenas a tirei de lá para limpar, e ela já estava…
            - Não, eu sei. – Suspirou. – Eu sei.
            Meredith sentia-se demasiado constrangida para continuar naquele quarto. Apanhou o pano, que tinha caído novamente no chão e desculpou-se mais uma vez, Tom não a deixou continuar.
            - Podes ficar?
            - Eu… eu tenho de arrumar as coisas.
            - Se eu te peço agora, não me vou zangar depois por não teres feito algo.
            - Mas o teu irmão, ele depois não fica chateado?
            - Não…
            Tom sentou-se na cama e escondeu o rosto com as mãos esguias. Ela sentou-se ao seu lado e olhou a caixa, tentando parecer discreta. Observou uma fotografia, onde figurava Tom, com um esplendoroso sorriso, e a mão entrelaçada na de uma rapariga morena, com as faces de uma boneca de porcelana, ambos olhavam algo com atenção e um sorriso nos lábios. Pareciam um casal perfeito.
            - Quem era ela?
            Tom gemeu e enterrou os punhos nos olhos. Pressionando-os.
            - Desculpa. Não devia ter perguntado. – Pensou se conseguiria ser mais inconveniente.
            - Não. – Murmurou, retirando gradualmente as mãos do rosto. – Apenas…dói.
            - Falar nela? – Perguntou com cautela.
            - Sim. Muito mesmo.
            E curvou-se sobre o seu corpo, como se estivesse a sofrer uma enorme dor de estômago. Meredith pousou a mão sobre o seu ombro, o seu corpo estava inundado de uma estranha cumplicidade, teria ele sofrido tal como ela?
            - Tom…
            O rapaz não respondeu, fungou e agarrou as calças com tanta força, de punhos cerrados que quase as perfurava. Meredith curvou-se sobre as suas costas e abraçou-o.

 

Song: Chorando se foi - Ivete Sangalo
I'm: Carnaval lálálá

publicado por Marii R. às 18:12

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